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quarta-feira, 2 de julho de 2008

- DÚVIDAS SOBRE ILUMINAÇÃO

Como calcular a quantidade de luz necessária para um ambiente?
Essa tarefa cabe ao arquiteto e ao luminotécnico. Existem programas de computação específicos para isso e normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) que indicam a quantidade recomendada para cada tipo de tarefa. O cálculo considera quesitoscomo a necessidade e o perfil do usuário, a área, o pé-direito, os revestimentos e as cores das superfícies e o tipo de mobiliário adotado.

Como iluminar áreas integradas?
A integração é uma tendência da arquitetura que exige cuidados para evitar erros na dose de luz. "Primeiro, deve-se saber que tipos de ambientes são, que atividades serão realizadas neles e de que forma se integram", responde o lighting designer Guinter Parschalk. "Essa iluminação deve ser mais versátil, adotando sistemas flexíveis (com vários circuitos) e possibilitando diferentes cenários que atendam a cada atividade desenvolvida ali", completa o arquiteto Nelson Solano Vianna. Um exemplo de integração são os lofts que unem a cozinha, que é mais clara, e a sala com home theater, que necessita de menos luz. A iluminação deve atendê-los tanto separadamente quanto uniformizá-los quando usados juntos.

Como iluminar um local com pé-direito alto?
Se o objetivo for realçar a altura, recomenda-se iluminar o teto (adote lâmpadas com ciclo de vida longo para evitar trocas constantes). Há lâmpadas específicas para pé-direito duplo, e na maioria dos casos a luz é direta para destacá-lo. Se desejar mais aconchego, use uma luz mais baixa, como arandelas no meio da parede.

Como usar cor na iluminação?
Em primeiro lugar, é preciso considerar os efeitos fisiológicos, psicológicos e emocionais que ela gera sobre as pessoas, e também como irá interferir na atividade executada no espaço. Algumas despertam mais a atenção, como o amarelo. Outras são mais relaxantes, como o verde. "Além disso, a cor também afeta os níveis de iluminação, pois é um dos componentes do cálculo luminotécnico", lembra Nelson. "As claras auxiliam na propagação da luz, já as escuras absorvem-na", ensina Guinter. O efeito pode ser obtido por meio de lâmpadas coloridas,leds ou com a aplicação de gelatina (folha de plástico que lembra o celofane) sobre um refletor ou enrolada em lâmpadas fluorescentes. "Outra opção é rebater a luz na cor da parede", ensina o arquiteto Marco Donini.

Como associar a iluminação externa ao paisagismo e à segurança?
A externa é mais pautada nas aberturas e na fachada da edificação. A de paisagismo, pontual, varia de acordo com cada vegetação. Já a luz de segurança deve ser difusa para não ofuscar e gerar boa visibilidade. "Os sistemas de automação acendem a luz em horas programadas na ausência dos moradores, o que traz mais segurança",diz Alessandra Friedmann, gerente geral da La Lampe.

Lâmpadas pequenas são mais econômicas?
"A economia de uma lâmpada não está necessariamente ligada a seu tamanho", afirma Nelson. Ela é avaliada pela eficiência luminosa - a relação entre a quantidade de luz que oferece e quanto de energia consome. Mas lembre-se: "Toda lâmpada é econômica se usada na função correta", ensina Guinter.

Quais as vantagens do led sobre as lâmpadas convencionais?
Dimensões reduzidas, vida útil de 50 mil horas, baixo consumo de energia, pouca manutenção, alta eficiência luminosa, variedade e controle de cores são algumas delas. Além disso, o led não emprega mercúrio, não irradia ultravioleta nem infravermelho. "São características encontradas separadamente em outras lâmpadas e reunidas em um só produto", diz Nelson.

Fonte: Arquitetura & Construção

- PROJETO DE ILUMINAÇÃO PARA COZINHA

Este espaço foi pensado para um homem que pouco fica em casa, mas gosta de cozinhar para os amigos. Assim, a designer de interiores Simone Goltcher, de São Paulo, dividiu-o em áreas operacional e social, criando cenários planejados pela La Lampe. Para uso diário, ela recomenda a iluminação completa ligada, que podeer modificada através de um comando de voz. Ambiente da mostra Casa Cor São Paulo 2008.



1 - Luz diretaPendentes com lâmpada halógena pino (20 w) iluminam a bancada de refeições.

2 - Luz de trabalhoLâmpadas fluorescentes (15 w) embutidas sob os armários clareiam as prateleiras e áreas de trabalho de forma mais econômica.

3 - Luz geralNo dia-a-dia, a cozinha é iluminada por embutidos dicróicos e luminárias Wal T5 com quatro lâmpadas halógenas de 60 w, que podem ser acendidos separadamente.


Fonte: Arquitetura & Construção

- PROJETO ILUMINAÇÃO PARA BANHEIRO

Esta proposta, assinada pelo lighting designer Guinter Parschalk, do Studio iX, garante boa iluminação tanto para os usos mais práticos do ambiente, como fazer a barba ou a maquiagem, até os mais relaxantes, caso da hidromassagem com cromoterapia. Um sistema de automação controla os circuitos independentes e permite vários cenários e combinações de luz.

1 - Luz geralLuminária embutida (modelo Lux, da Iluminar, à venda na Wall Lamps) com uma lâmpada fluorescente compacta FLC de 26 w e uma halógena AR70 de 50 w.

2 - CromoterapiaForro luminoso Sky (Lumini) com 32 lâmpadas fluorescentes T5 de 28 w (oito de cada cor: branco, azul, vermelho e verde). A regulagem por dimmergera diferentes cenários.

3 - Espelho iluminadoIdeal para a maquiagem e o barbear, a luz branca, indireta e difusa das quatro lâmpadas fluorescentes T5 de 28 w era pouca sombra.

4 - Forro luminosoFechado com vidro jateado, tem quatro lâmpadas fluorescentes T5 de 28 w para uma luz difusa e geral, e quatro spots halógenos PAR 30 de 35 w que auxiliam na maquiagem por reproduzir bem as cores. São ligados em circuitos independentes.

O jeito de usar a casa mudou muito nos últimos dez anos. Entraram em cena espaços integrados e com múltiplos papéis, que exigem uma luz mais dinâmica e flexível. Tudo isso aliado às inúmeras possibilidades proporcionadas pela automação.

Por isso os profissionais relutam em formular uma regra para cada ambiente. Mas, em linhas gerais, há basicamente três tipos de iluminação (e cada uma pode servir a diferentes funções: leitura, trabalho...).

A difusa, que ilumina todo o espaço, é indicada para escritórios, cozinhas e banheiros - locais que também podem beneficiar-se de pontosde luz direta, mais estimulante, para clarear só o plano de trabalho. E, por fim, a indireta com foco rebatido, que, dependendo do caso, gera luz difusa e traz aconchego e intimidade (recomendada para home theaters e quartos). "Além dessas, há ainda a luz de efeito, de caráter mais cênico, que trabalha com fachos e cores, e a de destaque, que focaliza objetos ou elementos arquitetônicos", explica a luminotécnica Vanessa Masson.

Como escolher entre tantos recursos? "Tudo depende da necessidade e do perfil dos moradores, dos acabamentos utilizados, das funções que serão cumpridas no ambiente e, claro, de quanto se pretende gastar", alerta Guinter Parschalk.

Fonte: Arquitetura & Construção

- PROJETO DE ILUMINAÇÃO PARA HOME THEATER

Centro social deste apartamento, o home theater foi desenhado para acomodar confortavelmente os amigos da família para uma sessão de cinema. A cena sugerida para receber os convidados antes da projeção emprega todas as luzes acesas, porém dimerizadas. Projeto de interiores de Jóia Bergamo, de São Paulo, e luminotécnico da Puntoluce.

1 - Destaques pontuaisEmbutidos (tipo de luminária inserida no forro) quadrados antiofuscantes, com lâmpada halógena AR70 de 50 w, iluminam os equipamentos de som e vídeo, a parede e os quadros.
2 - Destaque centralEmbutido mix retangular de alumínio pintado, com duas lâmpadas halógenas AR70 de 50 w, realça a mesa de centro.
3 - Luz geral e de leituraEmbutidos quadrados orientáveis com lâmpada dicróica de 50 w.

"Natural ou elétrica, a luz é um meio de comunicação. Oitenta por cento das informações que recebemos vêm através da visão", diz o lighting designer Guinter Parschalk, de São Paulo. Devido à sua variação de cor e intensidade ao longo do dia, ela interfere no organismo e garante nossa sobrevivência. "Por tudo isso, a iluminação não é um mero apêndice da arquitetura", constata o arquiteto Nelson Solano Vianna, consultor em conforto ambiental, de São Paulo.

O planejamento luminotécnico faz parte do projeto arquitetônico e, para fazê-lo, o arquiteto considera tanto as atividades exercidas no espaço quanto a incidência da luz natural. Nesse processo, ele pode contar com a consultoria de profissionais especializados, que dimensionam a captação e o controle da claridade, estabelecem os pontos e tipos de iluminação artificial necessários e, com isso, garantem eficiência energética e conforto para os moradores. O projeto de luminotécnica compõe-se de desenhos (plantas, cortes, perspectivas e detalhes) e memorial descritivo com as especificações de lâmpadas, luminárias e demais equipamentos. "Para conseguir instalações flexíveis e bem dimensionadas, a elétrica e a automação devem ser pensadas em conjunto com a iluminação e a arquitetura ou o projeto de interiores", alerta Vanessa Masson, luminotécnica da empresa paulista Wall Lamps.

Fonte: Arquitetura & Construção

domingo, 25 de maio de 2008

LIGHTING DESIGN - BAR ESCAPE (ITAIM BIBI / SÃO PAULO)

Composição de luzes cria nuances em favor da percepção espacial

O Escape segue o conceito de style bar, nascido nas metrópoles do hemisfério norte, e representa uma opção para quem aprecia um espaço intimista. A proposta luminotécnica de Gilberto Franco e Carlos Fortes foi determinante para o projeto alcançar ambientação leve e melhor percepção dos espaços. O sistema predominante é o RGB, programado dentro de uma paleta restrita e com mudanças sutis das cores.

O style bar surgiu na virada para o século 21 e engloba ambientes para entretenimento noturno que visam oferecer aos clientes uma válvula de escape em meio ao caos das grandes cidades. Para isso se valem especialmente de uma atmosfera atual e serena, na qual arquitetura, decoração, iluminação e sonorização estimulam os sentidos.

É nesse conceito que se baseia o bar Escape, inaugurado no final de 2007 no bairro do Itaim Bibi, em São Paulo. O projeto arquitetônico do Studio Arthur Casas Arquitetura e Design estabeleceu uma ambientação limpa e contemporânea, com poucos elementos distribuídos harmonicamente, pés-direitos elevados e a grande teia de aranha pintada pela artista plástica argentina Agustina Nuñes.

A proposta luminotécnica, assinada por Gilberto Franco e Carlos Fortes, reforça a intenção de criar um cenário agradável e intimista, que estimula a degustação de drinques, da mesma forma como são saboreados pratos da alta gastronomia.

Entre os pontos altos do projeto está o jardim de entrada, com sua pequena floresta de troncos secos. Essa área, que faz a transição entre a rua e os espaços internos, tem pé-direito de cinco metros e teto revestido por espelho. Ali, os luminotécnicos optaram por uma iluminação de baixo para cima, com lâmpadas de vapor metálico de tom amarelo, complementadas por filtro da mesma cor (a fim de reforçar o tom quente) e instaladas em luminárias embutidas no piso, sempre rentes aos troncos. O espelho cria uma chuva de luz quase feérica, que produz efeito interessante na modelagem dos galhos e estabelece uma barreira visual entre a cidade e o bar, cumprindo assim a proposta de demarcar o refúgio urbano. O mesmo tratamento foi dado ao jardim nos fundos, onde uma grande árvore foi preservada.

O conjunto recebe iluminação geral indireta a partir de sancas de gesso que direcionam a luz para cima. Elas embutem fluorescentes tubulares em sistema RGB, cada uma delas dotada de um filtro translúcido que ajuda a mesclar e dar maior saturação às cores. Filtros opalinos fecham as sancas e implicam mais uniformidade e sutileza luminosa. A programação varia dentro de uma paleta restrita a tons de violeta, vinho, azul e verde, selecionados em função do mobiliário. A gradação é lenta e suave, de modo que o cliente não se dá conta do momento da mudança. “O sistema RGB permite criar qualquer tonalidade.
O que faz a diferença neste projeto é a parcimônia com que programamos as cores e a velocidade de transição”, detalha Franco.
Essa luminosidade tênue e agradável faz o pano de fundo para alguns elementos trabalhados em destaque, em especial as prateleiras das garrafas.
Elas são iluminadas de baixo para cima com lâmpadas xenon de tipo próprio para aplicações arquitetônicas (não confundir com as utilizadas em faróis de automóveis). Com temperatura de cor próxima à das incandescentes comuns, foram equipadas com filtros para reforçar a tonalidade quente e dimmers que asseguraram um efeito mais suave, compatível com o da iluminação geral.
Outro detalhe diferenciado é o uso de incandescentes transparentes nuas de 150 watts, dimerizadas para formar desenhos aleatórios nas áreas de estar localizadas no mezanino e abaixo dele. “Essa idéia já estava na proposta de Arthur Casas”, finaliza Franco.

Texto resumido a partir de reportagemde Nanci CorbioliPublicada originalmente em PROJETODESIGNEdição 338 Abril de 2008

Os arquitetos Gilberto Franco (FAU/USP, 1981) e Carlos Fortes (FAU/UFRJ, 1986) são sócios no escritório Franco & Fortes Lighting Design, que constituíram em 1997. Em 2007, a dupla recebeu Award of Merit na 24ª premiação do Iald, pelo projeto luminotécnico do Museu da Língua Portuguesa (leia PROJETO DESIGN 315, maio de 2006)

Fonte: ARCOweb.com.br