Evento trouxe a São Paulo os arquitetos Huston Eubank e John Seitz, que destacou projetos com tetos verdes, iluminação natural, reuso de água e aplicação de materiais recicláveis na estrutura.
O Encontro Internacional de Sustentabilidade na Construção, realizado no dia 19 de junho em São Paulo, reuniu especialistas para discutir, entre outros aspectos, o papel da arquitetura na construção de edifícios sustentáveis e as aplicações das diversas certificações ambientais existentes no mercado.
O evento trouxe à cidade o arquiteto Huston Eubank, diretor de sustentabilidade e Green Building da iLiv Tecnologies, que destacou o grande potencial do setor de edificações para resolver o problema das mudanças climáticas. "Temos que aprofundar o papel das construções neste problema, edificações verdes reduzem em 40% a emissão de carbono na atmosfera, já é uma contribuição", disse. Eubank ainda apontou o potencial de investimento em edifícios verdes. O arquiteto apresentou dados que reforçam sua tese de que a eficiência energética pode ser um bom negócio: construções verdes são vendidas por 30% a mais de seu preço de custo.
Juan Andrés Vergara, vice-presidente e diretor de operações da HOK México, e John Seitz, diretor de sustentabilidade em projetos da empresa em Nova York, também participaram do evento. As principais estratégias sustentáveis dos projetos da HOK são a utilização de tetos verdes, reuso de água e, principalmente, a aplicação de materiais recicláveis na estrutura. O escritório também aposta na iluminação natural: "grandes janelas, por si só, não permitem recolher todos os benefícios, é preciso ter sensores solares", avalia Seitz.
Para o arquiteto, a escolha do local adequado - perto da rede de transporte público, por exemplo - é determinante para o bom desempenho de uma edificação sustentável. "Ao observar o Leed (Leadership in Energy and Environmental Design) ou outros sistemas de certificação, percebe-se que muitos dos pontos atribuídos pela certificação estão associados ao lugar, então, se o empresário fizer uma má escolha do local, o projeto não estará em boa forma", comentou. Seitz ainda identificou o aço como um bom "material verde" da atualidade, pois é facilmente reciclável."É possível reciclar o aço completamente quando o prédio for desmontado. Nós realmente temos que pensar no que acontecerá com aquele material no final do processo. Ele precisa ser reciclável, de forma que esse processo ocorra facilmente", explica. No que diz respeito ao acabamento interior e ao "envelope" do edifício, Seitz destaca o vidro e o alumínio como materiais com melhor potencial sustentável no mercado.
Andressa Fernandes, repórter da revista AU
Fonte: PINIweb.com.br
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